Em uma iniciativa do governo federal, prevista para ser lançada em março, a modalidade FGTS Futuro promete ser um divisor de águas para brasileiros que sonham com a casa própria. Voltado inicialmente para beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), com faixa de renda de até R$ 2.640, o projeto visa simplificar o processo de compra de imóveis.

Aprovado nas vésperas da eleição de 2022 pelo Conselho Curador do FGTS, durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, e oriundo de uma proposta do Ministério do Desenvolvimento Regional, o FGTS Futuro é uma aposta do governo Lula, que estima financiar cerca de 60 mil moradias por ano através do programa.

Como Funciona?

O FGTS Futuro permite aos trabalhadores de carteira assinada, que atendam aos critérios de renda estabelecidos, acessar antecipadamente o valor do FGTS que seria depositado futuramente pelo empregador. Esse adiantamento poderá ser utilizado na compra de imóveis, aumentando o poder de compra e servindo como garantia na obtenção de financiamentos, o que, por sua vez, facilita o acesso à moradia própria.

Expansão e benefícios

Inicialmente restrito a uma faixa de renda mais baixa, o programa tem potencial de expandir seu alcance para cidadãos com renda de até R$ 8.000, conforme indicado pelo Ministério das Cidades. Além disso, os valores acessados por meio do FGTS Futuro podem ser utilizados para complementar as prestações do financiamento imobiliário, aliviando o ônus mensal sobre as famílias.

O que fazer em caso de demissão?

Um ponto que ainda requer clareza é o impacto do programa sobre trabalhadores que venham a ser demitidos. Uma reunião do Conselho Curador do FGTS, agendada para 19 de março, promete definir as regulamentações pendentes. A princípio, entende-se que, em caso de demissão, o trabalhador deverá assumir as parcelas integrais do financiamento, embora sem penalidades, já que os bancos considerarão essa possibilidade ao liberar o crédito futuro.

com sucessofm