Produtores mineiros têm até 31 de julho para vacinarem bezerras contra a brucelose
Minas Gerais
Publicado em 25/07/2024

Minas Gerais, o maior produtor de leite do Brasil com mais de 9 bilhões de litros anuais, está intensificando esforços para prevenir a brucelose, uma zoonose que afeta principalmente bovinos e bubalinos e pode ser transmitida aos humanos através do consumo de leite não pasteurizado. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), está reforçando a necessidade de vacinação de bezerras de três a oito meses de idade contra a doença.

A vacinação é considerada a medida mais eficaz para prevenir a brucelose e evitar problemas de saúde pública e prejuízos econômicos. Os produtores têm até 31 de julho para vacinar as bezerras e até 10 de agosto para declarar a vacinação no IMA. Até o momento, pouco mais de 1 milhão de fêmeas foram vacinadas, representando 45,3% da população elegível, com a meta de alcançar 80%.

A preocupação é ainda maior devido à produção de queijos artesanais em Minas Gerais, que utilizam leite cru e são populares na região. O consumo de produtos não inspecionados pode representar risco, pois não há garantia de que o leite seja de animais livres da doença. O IMA realiza inspeções rigorosas em fazendas, queijarias e entrepostos para garantir a conformidade com normas sanitárias.

Além disso, o manejo inadequado da vacinação, que utiliza uma vacina “viva”, pode ser perigoso. Por isso, apenas profissionais cadastrados no IMA, como médicos veterinários e vacinadores autorizados, podem realizar o procedimento.

A certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose oferece benefícios como melhoria na qualidade do rebanho e abertura de novos mercados. Em Minas Gerais, 34 propriedades possuem essa certificação, incluindo 10 produtoras de queijo artesanal com selo do Serviço de Inspeção Estadual (SIE).

O IMA incentiva os produtores a buscarem a certificação, especialmente em regiões com alta produção de queijos artesanais. A certificação é válida por um ano e requer exames anuais para garantir a ausência de doenças no rebanho. Mais informações sobre o processo estão disponíveis no site do IMA.

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