O assédio moral e sexual no ambiente de trabalho é mais comum do que se imagina.
Trabalhadores de ambos os sexos estão sujeitos a esse tipo de prática abusiva, mas as mulheres são as principais vítimas.
Um levantamento recente revelou que 18 em cada 100 mulheres já sofreram assédio sexual no trabalho; 3 em cada 10 já enfrentaram situação de assédio moral.
Outro dado que vale ressaltar é em relação a demissões após licença parental. Uma de cada quatro mulheres diz ter sido demitida ao voltar de licença maternidade, mas nenhum homem relatou ter passado pela mesma situação após voltar da licença paternidade.
Advogada criminalista e presidente da secional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, Patrícia Vanzolini, diz que os casos de violência de gênero no ambiente de trabalho acontecem nos mais diferentes ramos, inclusive, em ambientes em que as leis são conhecidas, como no meio jurídico:
Enfrentar a desigualdade de gênero, com ações de prevenção e punição aos agressores, é obrigação das empresas, dos órgãos públicos e das entidades de classe.
A OAB-SP, por exemplo, conta com canais específicos para atendimento às mulheres que enfrentam esse tipo de situação:
Patrícia Vanzolini ressalta, ainda, que o Estatuto da Advocacia prevê direitos específicos para a mulher advogada. Conhecê-los é fundamental para o livre exercício da profissão:
Entre os direitos da mulher advogada estão a prioridade nas sustentações orais e a dispensa de advogadas gestantes e lactantes de passarem em aparelhos de raio-X.
Elas também contam com prazos processuais diferentes em determinadas ocasiões.
Repórter: Milena Abreu
Entrevistado: Patrícia Vanzolini