A conta de energia deve continuar mais cara até o fim do ano, segundo o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Barbosa. A estimativa é que, devido ao aumento da estiagem e as incertezas sobre o clima, a agência precise manter a bandeira vermelha ou amarela para custear o acionamento das usinas termelétricas.
Ao ser questionado sobre a possibilidade após um evento que tratou sobre as tarifas na conta de energia, nesta quarta-feira (18) em Brasília, Sandoval disse que não há estimativa de qual será a tarifa imposta sobre o consumidor, mas afirmou que estuda a possibilidade.
“A estimativa não fizemos ainda, mas há grande tendência de que [a bandeira] permaneça entre amarela e vermelho até o final do ano”, disse o presidente da Aneel.
Em julho, a bandeira amarela foi acionada pela primeira vez desde abril de 2022, devido ao maior uso das usinas termelétricas, que têm operação mais cara que as hidrelétricas. Em setembro, a bandeira vermelha foi acionada, o que não acontecia desde 2021.
A “bandeira vermelha patamar 1”, que está em vigor atualmente, representa um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (kWh). Já na “bandeira vermelha patamar 2”, a sobretaxa chega a R$ 7,87 a cada 100 kWh.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 com o objetivo de indicar aos consumidores o custo da geração de energia no Brasil. Ele mostra o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, além do acionamento das fontes de geração mais caras como as termelétricas.