O Brasil ganhou pouco mais de 25 mil leitos de UTI nos últimos 10 anos.
É o que aponta um estudo da Associação de Medicina Intensiva Brasileira.
Em 2014, havia no país 47.846 leitos de unidades de terapia intensiva; em 2024, esse número saltou para 73.160, uma alta de 52%.
A alta mais expressiva, segundo o estudo, aconteceu 2021 e 2022, durante a pandemia de covid-19.
Apesar do crescimento significativo no número de leitos, a entidade afirma que há uma enorme disparidade em todo o país
Dos pouco mais de 73 mil leitos atualmente disponíveis, 37.820, o que equivale a 51,7%, são operados pelo SUS. Os demais 35.340 leitos de UTI fazem parte da rede particular.
Mas 152 milhões de pessoas dependem do SUS, três vezes mais que os 51 milhões de beneficiários de planos de saúde que podem contar com os leitos de UTI da rede particular.
Considerando todo o país, a densidade de leitos de UTI por 100 mil habitantes é de 36,06, mas 19 das 27 unidades da federação estão abaixo desse patamar.
Os extremos são o Piauí, com a menor oferta, tendo 20,95 leitos 100 mil habitantes e o Distrito Federal o que apresenta o melhor cenário, com 76,68 leitos por 100 mil habitantes.
Repórter: Milena Abreu