A violência no campo diminuiu no primeiro semestre desse ano, mas os números seguem em patamar alto.
Segundo dados Comissão Pastoral da Terra, foram 1.056 entre janeiro e junho deste ano, 71 a menos que os 1.127 registrados no mesmo período do ano passado.
Ainda assim, o número ainda é maior do que os registros dos primeiros semestres de 2015 a 2022.
Nos primeiros seis meses de 2024, a maioria dos conflitos, 872, ao todo, foi por disputa territorial; as demais ocorrências ou foram por trabalho escravo rural ou conflitos pela água.
Os registros também indicam que posseiros, como são denominadas as comunidades tradicionais que ainda não têm a titulação da terra, foram as maiores vítimas dos conflitos por terra; indígenas, que tinham sido os principais alvos no primeiro semestre do ano passado, ficaram em segundo lugar, seguidos por quilombolas e sem-terra.
Já em relação aos causadores de violência, os fazendeiros lideram, sendo responsáveis por 339 ocorrências no período analisado. Empresários, governo federal, governo estadual e grileiros, nessa ordem, aparecem na sequência.
Repórter: Milena Abreu